sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Cultura Digital é também papel das agências

Depois de rechaçar a campanha tradicional cheia de "sacadinhas" da sua agência tradicional, o cliente entende que aquilo ali é justamente TUDO AQUILO QUE ELE NÃO QUER para a campanha.

Então, ele vem com uma idéia audaciosa e coloca no papel um plano para criar um modelo de interatividade integrando todas as mídias, e utilizando a Internet como ferramenta central de sua campanha.

Surge a idéia de criar uma REDE SOCIAL, usar as fotos de quem está na rede para fazer os comerciais de TV, impresso e Mídia Externa. E ainda, criar brindes personalizados e usar o banco de dados para prospecção e comunicação direta.

Foi assim que nasceu a campanha EU VOU do Processo Seletivo da Univix. Isso me fez refletir sobre o valor para o cliente de ter uma agência de Internet que já atende o cliente a mais de 5 anos com dezenas de projetos arrojados e muita inovação.

Qual foi o fator mais importante para gerar a oportunidade de criar uma campanha como essa? A atuação da agência tradicional do cliente? A idéia audaciosa do cliente? Acredito que o que fez a diferença foi o nível de cultura digital e de inovação do cliente.

Quando o cliente aposta todas as suas fichas numa campanha como essa, ele precisa estar muito seguro sobre o que está fazendo, precisa saber onde está pisando, e principalmente, precisa de capacidade estratégica e operacional para viabilizar sua audácia.

Acredito que no caso da Univix, essa campanha foi possível porque o cliente está contaminado pela cultura de inovação e cultura de rede. E a agência de Internet teve papel muito importante nessa construção. Foi o histórico de projetos de Internet, centenas de reuniões, conversas e troca de informações que sedimentaram o entendimento sobre a dinâmica da rede e como é possível apostar suas fichas na Web.

Num momento de grandes transformações nas mídias e na forma de fazer propaganda, ajudar a criar Cultura Digital será cada vez mais uma importante atuação para as agências... para aquelas agências que vão fazer diferença na estratégia do cliente.

Leia também: O Valor da Cultura Digital nas Organizações

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Capital Social: Energizando e gerando conversas

Tive hj duas experiências que reforçam em mim a convicção da importância do encontro presencial como ferramenta de construção de capital social.

O que as duas experiências tem em comum é que foram eventos com poucas pessoas, e a motivação era conversar livremente, ou seja, estabelecer conexões e produzir capital social.

A energia de um Sonho
O primeiro encontro foi um almoço a convite de Walter Cavalcante, presidente do Grupo Sá Cavalcante. Formamos um pequeno grupo de empresários e políticos para uma conversa muito interessante com o Fundador do CDI - Comitê para Democratização da Informática, Rodrigo Baggio. Ele veio ao Espírito Santo para o lançamento de mais um núcleo do CDI (matéria no Gazeta Online) que está sendo patrocinado pelo Grupo Sá Cavalcante. O novo núcleo vai funcionar no Shopping Praia da Costa.

Rodrigo Baggio começou contando a estória de como surgiu seu sonho de criar o CDI e a necessidade de preencher sua vida com uma realização muito além do sucesso financeiro. Me impressionou bastante sua capacidade de comunicação, sua energia ao falar sobre o que faz, sua visão empreendedora e sua postura de líder. O modelo de gestão do CDI também me impressionou muito, pois é baseado em auto-gestão e eles já pensam em virtualização de boa parte das operações da entidade. As pessoas que estavam no encontro ficaram motivadas com o projeto e em aderir. Eu e meu sócio (Rafael Andaku) também saímos de lá motivados a contribuir com a entidade no Espírito Santo.

Querendo entender a nova realidade
Fui convidado pela Vivo para um encontro com Blogueiros para falar sobre o novo Iphone 3GS. (Bom, eu não sou blogueiro, então acho que fui chamado pelo trabalho da e-brand no mercado, ou minha participação no BlogCampes! Depois descobri q foi indicação da Diana) Uma turma bacana compareceu lá @dianapadua @cut_club Galera da @imasters @danimart @omelhordomkt @m_Eduardo . Não fiquei muito tempo, minha motivação maior foi entender a motivação da Vivo com esse tipo de ação.

Enquanto a galera estava curtindo o novo Iphone 3GS, tive uma conversa bacana com o Gerente Regional da empresa no ES junto com o Tiago Baeta. Falamos sobre a motivação da empresa com essa reunião e ficou clara a preocupação da Vivo em buscar caminhos para se aproximar dos públicos que estão conectados na Web. Conversamos também sobre o desafio de ultrapassar a rejeição das pessoas com a postura das operadoras de celular. Na conversa, entendi que eles (Vivo) querem mudar isso, pois o segundo o Presidente da Vivo diz que o foco da empresa deve estar voltado aproximação com os grupos que estão liderando a utilizando da rede.

As palavras do Gerente Regional da Vivo foram bem claras: "Se nós (Vivo) não nos inserirmos nesse novo universo da rede, em 5 anos estaremos fora do mercado!". Tá dado o recado!!!

Acho que a atitude da Vivo foi simpática, e quem foi parece que gostou do encontro.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Capital Social como foco dos projetos de Redes Sociais

Todo o esforço de utilizar as redes sociais em projetos de marketing e comunicação devem ser pautados pela construção de capital social. Essa convicção ficou ainda maior após a realização do 1o. workshop sobre Redes Sociais, onde o foco das discussões mostrou um horizonte muito além do uso de sites de relacionamentos e realização de ações de marketing na Internet.

Capital Social
Mas o que é capital social? As redes sociais são formadas pelos laços sociais formados por pessoas, e o capital social é a soma dos recursos formados a partir desses laços sociais. E o que são esses recursos? Tudo aquilo que as pessoas podem utilizar em benefício coletivo ou pessoal.

Coloque um grupo de pessoas para conversar, interagir, colaborar... ao fazer isso essas pessoas estão criando capital social: informações, conhecimento, reputação, conexões, looby, indicações, influencia... etc.

E porque a construção de capital social deve ser o foco dos projetos em Redes Sociais? Porque o elemento que dá sustentabilidade às relações sociais é a confiança. Os laços sociais sem confiança são fracos e estabelecem vínculos superficiais. Capital social é fundamentalmente confiança, e esse é um ativo que as instituições não conseguem construir utilizando apenas publicidade e propaganda.

RP é diferente de PP
O paradoxo é que a grande motivação para usar as redes sociais vem do desejo de atender necessidades de marketing = fazer branding, anunciar produtos, criar audiências, promover, vender! Nenhum problema quanto a isso, mas acredito que a motivação deveria partir das áreas de relacionamento institucional, e as motivações dessas áreas são: imagem institucional, canais de relacionamento, reputação, opinião pública.

O foco está nas relações públicas, no desenvolvimento de processos orientados ao relacionamento e pautados pela acessibilidade, disponibilidade e interesse genuíno por aproximação.

E a fronteira para o marketing é utilizar o capital social existente para então monetiza-lo! Pensando assim, mudamos muita coisa sobre as propostas existentes para uso das redes sociais. Mais do que criar projetos, é preciso criar uma cultura empresarial orientada as novas dinâmicas sociais que as redes digitais estão moldando.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

10 anos do Blogger - Desconferência no BlogCampES 2009

Participei da abertura do evento blogueiro do Espírito Santo, o BlogCampES (vou em breve escrever outro post sobre a experiência de participar e ajudar na organização do evento).

Fui o intermediador da Desconferência "10 anos de Blogger" que contou com a Presença do Henrique e da Carla.

Sugeri a galera no Twitter que participassem com definições sobre o que é blogar "Bloggar é..." (em homenagem ao Blogger - algumas pessoas não entenderam o g duplicado!)

E fiz um resumo do papo bem legal que rolou, seguindo o estilo "Bloggar é..." (ficou quase um poema! :)

Bloggar é...

Depois da desconferência, acho que bloggar é ter a chance de fazer parte da mericrocacia informal da Blogosfera!

Bloggar é poder falar escrevendo o que penso, talvez com o desejo que alguém possa ouvir lendo.

Bloggar é descobrir que vc tem amigos fiéis, as 6 pessoas que ficam lendo o seu blog!

Bloggar é correr o risco de criar um império formado por vários blogs!

Bloggar é tbm tuitar, flirckar, embedar, orkutar, facebookar... é evoluir de Blogueiro p/ Especialista em Social Media!

Bloggar é responder \o/ na platéia quando alguém pergunta "Quem ai tem um blog?"

E o que vai ser Bloggar aqui a 10 anos? Bloggar será sempre DESINTERMEDIAÇÃO.

terça-feira, 28 de julho de 2009

O valor da Cultura Digital nas Organizações

A motivação para escrever esse post veio da experiência do Sebrae/ES. Alguém de lá criou uma lista de e-mails no Google Groups com os e-mails de todos os consultores cadastrados no Banco de Dados da empresa.

Bacana! Boa oportunidade para o Sebrae/ES de concentrar a comunicação através de uma ferramenta simples e BARATA, pois é de graça!

Mas isso gerou um problema! Pois a forma como a lista foi criada permite que todos possam enviar e-mails, e dessa forma, no dia após a criação da lista alguém envia para a lista uma mensagem sobre um show!!! E em seguida começa uma intensa troca de e-mails com reclamações e discussão sobre uso inapropriado da lista. Então, algumas pessoas já pediram para sair da lista... e a boa intenção de quem criou a lista pode ir por água abaixo, simplesmente por uma questão simples de configuração da ferramenta!

Bom, isso tudo poderia ser evitado se existisse mais cultura digital dentro das organizações. Esse é um exemplo simples, existem muitos outros que acompanho quase que diariamente que mostram que muita gente está usando ferramentas Web 2.0 sem ter cultura digital, sem preparo adequado e sem planejamento.

A febre do Twitter e crescimento das Redes Sociais no Brasil está atraindo o interesse das empresas em fazer uso dessas novas ferramentas. A grande vantagem está na facilidade de aquisição dessas ferramentas, pois a maioria está disponível gratuitamente! Criar um perfil no Orkut, no Twitter, um blog, montar sua rede social no Ning, criar um lista de e-mails no Google Groups... dá pra fazer muita coisa de graça!

O problema está em instrumentalizar a organização com ferramentas sem considerar nisso o desenvolvimento de Cultura Digital, acompanhada de políticas e diretrizes.

Chamo de Cultura Digital é a capacidade de entender as dinâmicas da Web e pensar como isso pode funcionar para o negócio da empresa! E essa cultura pode ser desenvolvida com:
  • Capacitação: cursos, treinamentos, participação em eventos, workshops, etc...
  • Experiências: Colocar em ação! Mas com planejamento, objetivos, foco em resultados mas também orientado a aprendizagem! Isso funciona bem com projetos pilotos assistidos!
  • Coaching / Mentoring: envolver executivos e alta gestão no processo de vivenciar e aprender sobre essas novas dinâmicas da Web.
  • Benchmark: busca empresas que estão avançadas nessa cultura digital, e observar qual a política da empresa em relação as novas tecnologias digitais. Não dá pra ficar na superficialidade da ação, da campanha, do site, do case! Tem que entender a cultura que permitiu isso acontecer! (provavelmente vamos encontrar uma cultura organizacional orientada a inovação)
  • Pessoas: não dá para fazer nada sem investir nas pessoas e em educação! E isso também envolver criar as condições adequadas (clima, infra-estrutura, motivação, etc)
  • Diretrizes e Processos: documentar e divulgar dentro da organização padrões e formas de agir em diferentes circuntâncias para alinhar esforços individuais e localizados com o foco e interesses da organizaçao.
O melhor investimento que uma organização pode fazer na Internet e nas Novas Mídias é desenvolver cultura digital! É entender o que é isso de Web 2.0 e Redes Sociais, como funciona, para que serve e como isso pode funcionar para o negócio!

Momento propaganda: Conheça o curso de Marketing Digital que criei para atender justamente a clientes da e-brand nessa etapa inicial de capacitação. Temos outros formatos de treinamento, coaching e mentoring.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Conteúdo Político 2.0 - Eleição Presidencial Web 2.0 no Brasil

Recebi agora por e-mail o que seria o "Livro Proibido", que conta a história dos escandâlos do Mensalão e usa a figura do Presidente LULA como seu principal articulador.

Não li o livro ainda, também não conheço seu autor, então não posso falar da profundidade do conteúdo do livro e sua relevancia. Mas isso agora não é o foco.

O que acho pertinente destacar é que o formato do conteúdo e sua abordagem me fizeram refletir sobre como poderá ser o tom da próxima campanha eleitoral para a Presidencia da República, e quais serão as estratégias para entregar conteúdo e promover engajamento na Rede de forma ampla.

O ponto que desejo enfatizar é o formato de conteúdo para o marketing político 2.0: livros, filmes, manifestos, causas legítimas, debates em comunidades, mashups... principalmente nos grandes centros, esses poderão ser o combustível para tocar fogo na redes!

E isso já começa a ser desenvolvido nos bastidores dos partidos. Os candidatos já estão começando o monitoramento das redes sociais e o planejamento de sua presença digital.

Aécio Neves (um dos presidenciáveis do PSDB) criou projeto com cara de conteúdo político 2.0, inclusive com parceria com o Google e com direito a cobertura de blogueiros.

Outro tucano na corrida, José Serra, foi pro Twitter e escreve regularmente sobre suas idéias e situações de seu cotidiano, usando uma linguagem simples e de aproximação com as pessoas. Na minha opinião, até então, está mandando bem!

E nosso presidente não fica de fora, aproveita a máquina, vai criar blog, twitter e perfil no Orkut e ainda ganha um filme sobre a sua comovente estória. Ou alguém duvida que o Filme Lula, o Filho do Brasil não é panfleto em ano de eleição?

quinta-feira, 28 de maio de 2009

As redes sociais e o valor da influência

A corrida por amigos no Orkut e agora a corrida por seguidores. Será que apenas a ferramenta (Orkut, Twitter, Facebook, etc) ou todas elas juntas, vai resolver o problema de você conquistar a simpatia, atenção ou admiração das pessoas?

O que é necessário para conquistar a atenção e influenciar outras pessoas? Isso me faz lembrar o antigo e ainda muito contemporâneo livro: "Como fazer amigos e influenciar as pessoas" (Dale Carnegie,1937). Esse livro possui dicas muito úteis de como melhorar suas habilidades com as pessoas, e até hoje é amplamente aplicado pelo pessoal de vendas, gestores e líderes de equipes.

Qual a diferença entre ser famoso e ser influente?
Na era das celebridades instantâneas propagadas pela Internet, ser famoso pode ser algo relativamente fácil de conquistar mas proporcionamentel perecível. Nesse sentido, o famoso alcança visibilidade, muitas pessoas reconhecem a sua pessoa, sabem o seu nome, identificam a sua imagem. A Internet virou uma "máquina" de produzir celebridades instantâneas.

Virou celebridade na Internet após participação em programa na TV Britânica

Acredito que Astros, Celebridades e Estrelas tem um papel importante na mídia social, são motores importantes das dinâmicas da propagação em rede, são o combustível para atrair a atenção das pessoas. Davenport descreve no seu livro "Economia da Atenção" o papel das celebridades como ferramentas de influência no consumo e comportamento das sociedades.

Seja também uma celebridade da Internet - Imprima e seja Susan Boyle!

Influência e Poder
Fiz algumas pesquisas na Net sobre os conceitos: A influência vem da avaliação social do público em relação a uma pessoa, um grupo de pessoas ou uma organização. O poder está no uso da força, na imposição à revelia de tudo e de todos, já a influência é exercida pela afinidade de perspectivas, pelo respeito e pelo merecimento. O poder é a habilidade de impor a sua vontade sobre os outros, mesmo se estes resistirem de alguma maneira. A influencia não, essa surge como um instrumento de convencimento e aceitação (o contrário de impor a sua vontade).

Ou seja: com o crescimento do processo de colaboração e produção de informação pelas próprias pessoas (desintermediação dos meios), exercer poder poderá ficar cada vez mais limitado.

Para pensar: Na era das redes sociais digitais, não estamos num processo de substituir o poder financeiro pelo poder da influência? Não será esse um ativo cada vez mais importante?

Seja relevante, seja influente, seja SOCIAL!
Se influenciar outras pessoas pode se tornar o "novo poder", então preciso me tornar famoso como a Susan Boyle? Bem, acho que não é o caso de sair por ai querendo conquistar fama. O famoso muitos podem reconhecer, mas isso não garante influência e esse exercício de maneira sustentável (a longo prazo).

Importante considerar que uma pessoa pode ser influente em algumas dimensões, não em todas! Fora dela, sua influência é nula. E como em planejamento de marketing, é preciso pensar em foco, público alvo e segmentação. Não quero agora descrever um "guia de como ser influente", mas apenas refletir sobre essa questão, que realmente passa a ser muito relevante para o marketing e os negócios.

Agora, com força da Mídia Social, acredito que as habilidades com pessoas vai continuar sendo ainda mais importante. Mas como influenciar pessoas através dos meios digitais? Não seria o caso de adaptar e aplicar os conceitos de Dale Carnegie para os ambientes em redes? Como seria essa releitura de "Como fazer amigos e influenciar as pessoas"?

Não é esse o papel do marketing: Fazer amigos e influenciar as pessoas!

P.S. Passei a "tuitar" o que me faz refletir e ao "blogar" apresento as tags que usei nos posts. Essa é uma forma de rastrear o caminho da reflexão, compartilhamento disso em grupo, até virar um post no blog. Nesse post aqui usei a tag #gm1, veja isso no Twitter.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Opinião Pública 2.0 - A desintermediação dos meios de comunicação

Estou trazendo um resumo de fatos e notícias relevantes que demonstram como o tema MÍDIAS SOCIAIS está ganhando muito importancia como ferramenta de marketing.

O mais importante é entender que existe um movimento rápido de crescimento da desintermediação dos meios de comunicação. E isso quer dizer que as pessoas estão ganhando a cena que antes era apenas dos veículos de comunicação.

As pessoas estão consumindo notícia e conteúdos produzido diretamente por outras pessoas. As marcas vão precisar aprender a criar sua propria audiência através de ambientes interativos em rede se quizerem ganhar espaço e atenção dessa legião de consumidores conectados (São mais de 60 milhões no Brasil).

Se você quer aprender mais sobre esse novo cenário, venha fazer o CURSO DE MARKETING DIGITAL que criei especialmente para tratar dessas questões mais atuais do Marketing Digital. Confira o site do curso: www.cursodemarketingdigital.com.br

Veja as notícias abaixo:

De olho em internautas, políticos brasileiros aderem ao Twitter
O Twitter começa a conquistar adeptos entre os políticos brasileiros. Um exemplo disso é José Serra, que decidiu inaugurar sua própria página esta semana. Serra adotou um tom mais pessoal na sua página. Assim, é possível saber, por exemplo, o que o tucano fazia na madrugada da última quarta (20). Confira o Twitter dele: http://twitter.com/joseserra_

Redes sociais no New York Times
A preocupação com as redes sociais atingiu o New York Times, que apontou a sua primeira editora de mídia social, Jennifer Preston, que ficará responsável por trabalhar com editores, repórteres e blogueiros para utilizar as ferramentas de redes sociais para encontrar fontes, tendências e notícias.

Governo deve criar blog do Planalto
O governo Lula deve criar um blog na internet para estabelecer um contato maior com a população, informou o ministro da Secretaria de Imprensa da Presidência da República, Franklin Martins. O blog terá o mesmo formato dos mantidos atualmente pelos governos dos Estados Unidos e da Inglaterra.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Blog de aluguel, mas quanto custa Cris?

Esse é um post que nasceu a partir da reflexão sobre monetização da reputação e avaliação de ROI em campanha de mídia social.

A campanha de mídia social da Nissan para o lançamento de um de seus produtos está utilizando um blog que vai contar a experiência de um blogueiro em utilizar o carro.

Sem dúvida, uma boa sacada, pois o blogueiro Cristiano Dias vai utilizar o automóvel no momento em que ele muda com a família do Rio de Janeiro para São Paulo e se adapta ao ritmo da cidade.

Mas como é isso de campanha de mídia social? Qual a relevância disso e o resultado? Ao perceber o lançamento da campanha através do @interney (Edney – diretor da empresa responsável pela campanha) e depois ver o tweet do próprio blogueiro, é fácil perceber um pouco mais sobre uma campanha de mídia social.

Primeiramente, acredito que o valor da ação está na legitimidade de colocar o produto a prova em uso real. Outro fato é o canal aberto para outros clientes ou pessoas interessadas no produto poderem falar abertamente sobre vantagens e desvantagens, satisfação ou desejo (um ótimo ambiente de pesquisa também).

Como isso vai evoluir, só o tempo vai dizer. Mas ao analisar os primeiros resultados da ação, é impressionante a capacidade do fato (a campanha de mídia social) gerar repercussão muito rápido. E porque isso?

Como analisei num post anterior (o valor de uma tuitada) a capacidade de algumas pessoas em proliferar mensagens através das redes será cada vez mais importante para as marcas.

Me parece que as pessoas inicialmente estão mais interessadas na curiosidade de ver um blogueiro que elas conhecem ou já ouviram falar, em participar desse reality show. E isso é maior do que o interesse pelo produto ou a marca em si. E digo isso baseado numa comparação matemática: a métrica de retuits gerados pelo @interney (apenas 7 indicações) e @crisdias (22 retweets).

No Tweet de @interney ele fala da campanha e do produto. No do @crisdias ele é sagaz e ressuscita a polêmica de blogueiro ser pago para falar de um produto. (E o @interney tem 3 vezes mais seguidores que o @crisdias). Mas em menos de 4 horas após escrever no Twitter, @criasdias conseguiu gerar mais de 1.400 visitas ao blog do produto.

Qual o valor disso levando em consideração o modelo de click-through em mídia online (banners)? Faço uma estimativa de R$ 14 mil reais em mídia, simplesmente por fazer um depoimento. (entenda mais sobre essa estimativa)

Ao analisar a média do @crisdias no Twitter, cheguei a um volume médio de 200 a 300 clicks no seus tweets. Ou seja, se ele escrever sobre a experiência com o carro de 20 a 30 tweets no mês isso pode representar R$ 80 mil reais em mídia (entenda essa conta). Ou seja, R$ 100 mil reais de ROI no primeiro mês do projeto.

Isso é mídia social: usar as pessoas como o veículo de propagação. E a propaganda vai continuar comprando ou alugando a credibilidade das pessoas, como já vem fazendo desde que propaganda é propaganda. A diferença está em como fazer isso no modelo em rede.

Mas diz ai Cris, quanto custa o aluguel?

P.S. acompanhe o que a tuitosfera está falando sobre isso

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Esquizofrenia do Twitter - A loucura de conversar com a multidão

Desde que criei minha conta pessoal no Twitter, fiz algumas experiências. Já falei sobre a o valor do twitter de um ponto de vista bem pragmático, levando em consideração a taxa de clique.

Bom, agora vou falar sobre a experiência de tentar seguir várias pessoas. A filosofia que criei até então foi seguir pessoas que são do Espírito Santo (Tuitosfera Capixaba). Quem é do ES e me adiciona, eu estou seguindo!

Confesso que é uma atividade bem difícil, pois:
  • muita gente escreve coisas que são muito pessoais (e eu não as conheço!),
  • outras exageram no numero de posts,
  • algumas pessoas preferem indicar notícias! (eu não quero o Twiiter para notícias)
  • ainda tem os “bom dia!” “fui!!!” e coisas sem noção!

Mas em meio a tanta confusão, aprendi a criar novos relacionamentos e contatos com pessoas que não conhecia, e isso é interessante. Algumas oportunidades me mostraram um uso efetivo do Twitter no dia-a-dia.

Transito em Vitória: fiquei preso num engarrafamento louco! Usei o celular para acessar o Twitter e encontrei o relato da @geek_girl e @rinapri falando que um carro pegou fogo na 3ª. ponte. Passei uns 20 minutos trocando informações sobre o acontecimento, outras pessoas também começaram a relatar o fato.

Passeio em Domingos Martins: fui a Campinho no final de semana e via Twitter consegui algumas informações úteis sobre o tempo e temperatura do local. Ainda ganhei o convite do @gustavorobertux para nos receber na cidade, uma grande cordialidade!

Contatos profissionais: uma boa ferramenta para buscar contatos e buscar profissionais. Estou usando muito para esse fim. Também é muito bom para avaliar como as pessoas usam o seu tempo, princiapalmente a sua equipe! :)

A experiência até então está sendo rica para entender essa dinâmica do Twitter. Mas acredito que comunicação N p/ N (muitos para muitos) não funciona quando você tem muitos seguidores (ainda mais se forem todos postar / escrever). Isso é pura esquizofrenia!

Até então, acredito que o modelo do Twitter seja muito bom para a comunicação 1 p/ N (uma pessoa fala para muitas!) e explorando o caráter viral (proliferação em rede).

Para o modelo de conversação aberta (N p/ N - falo com todos e ouço todos) acho que é possível construir com audiências menores ou com volume menor de posts. Não dá para acreditar que você vai conseguir conversação com uma multidão! Isso me lembra a idéia de manter uma lista de discussão por e-mail com muitas pessoas ou muitas mensagens trocadas: você acaba vivendo em função da leitura e respostas das mensagens!

Vou continuar exercitando o N/N, trabalhar esse novo paradigma e deixar a esquizofrenia do Twitter me levar...

...mas fica a pergunta: Você de fato conversa ou fica gritando no Twitter?

terça-feira, 5 de maio de 2009

Open Innovation é a estratégia para sobrevivência e crescimento

Assisti neste final de semana na National Geographic Channel um documentário sobre O Homem de Neandertal e como aconteceu sua extinção.

Isso me fez pensar bastante a respeito da necessidade de criar uma cultura de novos conhecimentos através de uma arquitetura aberta, colocando a organização interagindo com o mercado em busca de inovações.

O documentário apresentou o momento em que o O Homem de Neandertal encara um novo competidor, o Homo sapiens, que se mostrou mais adaptado para a caça e combate, pois desenvolveu a cultura de compartilhar conhecimentos e interagir com outros grupos de sua espécie.

O Homem de Neandertal durante mais de 200 mil anos pouco evoluiu suas habilidades em criar armas, utensílios domésticos e estratégias de caça. Viviam em grupos isolados e não faziam contato com outros grupos. Isso também enfraqueceu sua genética.

A partir do momento que encontrou uma espécie mais evoluída, o Homem de Neandertal foi obrigado a buscar áreas mais remotas, deixando suas áreas com mais recursos (água, caça e melhor clima) para o Homo sapiens.

Moral da história: é preciso criar formas de interagir com o mercado, e desenvolver novos conhecimentos e habilidades a partir de interações sociais com outros grupos. Isso me lembrar o conceito do Open Innovation.

Aqui no Grupo e-brand, acredito que estamos nesse caminho, pois temos iniciativas de promover eventos, criar cursos, participar ativamente de entidades nas áreas de marketing, tecnologia e propaganda, e promover ambientes online de interação. Provocando sempre oportunidades de novos experiências e aprendizado.

Mas é preciso continuar fazendo mais e melhor!!!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Quanto vale uma Tuitada?

Pessoal,

nos últimos dias passei mais tempo acompanhando o twitter de perto com o objetivo claro de entender as dinâmicas em torno dessa rede.

Estou surpreso com o potencial para criar boas audiências. Fazendo uso do http://migre.me comecei a medir o resultado no clique.

De 5 posts (seja com o perfil da e-brand ou o meu) cheguei a alcançar 29 cliques! Isso representa mais de 10% de retorno quase que instantaneamente. O menor ficou com 9 cliques. Os números dos posts foram 29, 28, 28, 11 e 9 cliques.

O marcelotas (Uma lenda da TV e agora no CQC) alcança um pico de 4.187 cliques em um post. Vc sabe quando isso vale em mídia de banner online??????? 800 mil views ou quase R$ 40 mil reais considerando custo de mídia num portal. (nesse cálculo considerei 0,5% de taxa de clique em banners, e o CPM com o valor de R$ 50,00)

Ele possui quase 40 mil seguidores, e agora possui um jabá da Telefonica no seu perfil do Twitter. Quanto será que custou isso?

O que isso significa? Que marcas e principalmente PESSOAS serão cada vez mais importantes e influentes, e algumas poucas serão mais importantes do que veículos de comunicação. Fato consumado!

É preciso começar a dedicar mais tempo e esforço intelectual para entrar de cabeça nesse novo mundo. Ficar perdendo tempo no Twitter não tem valor nenhum para um profissional, mas aprender e ajudar a criar o novo, SIM ISSO TEM MUITO VALOR!

P.S. Essa reflexão me fez tomar a decisão de criar esse blog! Chega de apenas fazer download, viva a cultura do UPLOAD.