terça-feira, 28 de julho de 2009

O valor da Cultura Digital nas Organizações

A motivação para escrever esse post veio da experiência do Sebrae/ES. Alguém de lá criou uma lista de e-mails no Google Groups com os e-mails de todos os consultores cadastrados no Banco de Dados da empresa.

Bacana! Boa oportunidade para o Sebrae/ES de concentrar a comunicação através de uma ferramenta simples e BARATA, pois é de graça!

Mas isso gerou um problema! Pois a forma como a lista foi criada permite que todos possam enviar e-mails, e dessa forma, no dia após a criação da lista alguém envia para a lista uma mensagem sobre um show!!! E em seguida começa uma intensa troca de e-mails com reclamações e discussão sobre uso inapropriado da lista. Então, algumas pessoas já pediram para sair da lista... e a boa intenção de quem criou a lista pode ir por água abaixo, simplesmente por uma questão simples de configuração da ferramenta!

Bom, isso tudo poderia ser evitado se existisse mais cultura digital dentro das organizações. Esse é um exemplo simples, existem muitos outros que acompanho quase que diariamente que mostram que muita gente está usando ferramentas Web 2.0 sem ter cultura digital, sem preparo adequado e sem planejamento.

A febre do Twitter e crescimento das Redes Sociais no Brasil está atraindo o interesse das empresas em fazer uso dessas novas ferramentas. A grande vantagem está na facilidade de aquisição dessas ferramentas, pois a maioria está disponível gratuitamente! Criar um perfil no Orkut, no Twitter, um blog, montar sua rede social no Ning, criar um lista de e-mails no Google Groups... dá pra fazer muita coisa de graça!

O problema está em instrumentalizar a organização com ferramentas sem considerar nisso o desenvolvimento de Cultura Digital, acompanhada de políticas e diretrizes.

Chamo de Cultura Digital é a capacidade de entender as dinâmicas da Web e pensar como isso pode funcionar para o negócio da empresa! E essa cultura pode ser desenvolvida com:
  • Capacitação: cursos, treinamentos, participação em eventos, workshops, etc...
  • Experiências: Colocar em ação! Mas com planejamento, objetivos, foco em resultados mas também orientado a aprendizagem! Isso funciona bem com projetos pilotos assistidos!
  • Coaching / Mentoring: envolver executivos e alta gestão no processo de vivenciar e aprender sobre essas novas dinâmicas da Web.
  • Benchmark: busca empresas que estão avançadas nessa cultura digital, e observar qual a política da empresa em relação as novas tecnologias digitais. Não dá pra ficar na superficialidade da ação, da campanha, do site, do case! Tem que entender a cultura que permitiu isso acontecer! (provavelmente vamos encontrar uma cultura organizacional orientada a inovação)
  • Pessoas: não dá para fazer nada sem investir nas pessoas e em educação! E isso também envolver criar as condições adequadas (clima, infra-estrutura, motivação, etc)
  • Diretrizes e Processos: documentar e divulgar dentro da organização padrões e formas de agir em diferentes circuntâncias para alinhar esforços individuais e localizados com o foco e interesses da organizaçao.
O melhor investimento que uma organização pode fazer na Internet e nas Novas Mídias é desenvolver cultura digital! É entender o que é isso de Web 2.0 e Redes Sociais, como funciona, para que serve e como isso pode funcionar para o negócio!

Momento propaganda: Conheça o curso de Marketing Digital que criei para atender justamente a clientes da e-brand nessa etapa inicial de capacitação. Temos outros formatos de treinamento, coaching e mentoring.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Conteúdo Político 2.0 - Eleição Presidencial Web 2.0 no Brasil

Recebi agora por e-mail o que seria o "Livro Proibido", que conta a história dos escandâlos do Mensalão e usa a figura do Presidente LULA como seu principal articulador.

Não li o livro ainda, também não conheço seu autor, então não posso falar da profundidade do conteúdo do livro e sua relevancia. Mas isso agora não é o foco.

O que acho pertinente destacar é que o formato do conteúdo e sua abordagem me fizeram refletir sobre como poderá ser o tom da próxima campanha eleitoral para a Presidencia da República, e quais serão as estratégias para entregar conteúdo e promover engajamento na Rede de forma ampla.

O ponto que desejo enfatizar é o formato de conteúdo para o marketing político 2.0: livros, filmes, manifestos, causas legítimas, debates em comunidades, mashups... principalmente nos grandes centros, esses poderão ser o combustível para tocar fogo na redes!

E isso já começa a ser desenvolvido nos bastidores dos partidos. Os candidatos já estão começando o monitoramento das redes sociais e o planejamento de sua presença digital.

Aécio Neves (um dos presidenciáveis do PSDB) criou projeto com cara de conteúdo político 2.0, inclusive com parceria com o Google e com direito a cobertura de blogueiros.

Outro tucano na corrida, José Serra, foi pro Twitter e escreve regularmente sobre suas idéias e situações de seu cotidiano, usando uma linguagem simples e de aproximação com as pessoas. Na minha opinião, até então, está mandando bem!

E nosso presidente não fica de fora, aproveita a máquina, vai criar blog, twitter e perfil no Orkut e ainda ganha um filme sobre a sua comovente estória. Ou alguém duvida que o Filme Lula, o Filho do Brasil não é panfleto em ano de eleição?