quinta-feira, 28 de maio de 2009

As redes sociais e o valor da influência

A corrida por amigos no Orkut e agora a corrida por seguidores. Será que apenas a ferramenta (Orkut, Twitter, Facebook, etc) ou todas elas juntas, vai resolver o problema de você conquistar a simpatia, atenção ou admiração das pessoas?

O que é necessário para conquistar a atenção e influenciar outras pessoas? Isso me faz lembrar o antigo e ainda muito contemporâneo livro: "Como fazer amigos e influenciar as pessoas" (Dale Carnegie,1937). Esse livro possui dicas muito úteis de como melhorar suas habilidades com as pessoas, e até hoje é amplamente aplicado pelo pessoal de vendas, gestores e líderes de equipes.

Qual a diferença entre ser famoso e ser influente?
Na era das celebridades instantâneas propagadas pela Internet, ser famoso pode ser algo relativamente fácil de conquistar mas proporcionamentel perecível. Nesse sentido, o famoso alcança visibilidade, muitas pessoas reconhecem a sua pessoa, sabem o seu nome, identificam a sua imagem. A Internet virou uma "máquina" de produzir celebridades instantâneas.

Virou celebridade na Internet após participação em programa na TV Britânica

Acredito que Astros, Celebridades e Estrelas tem um papel importante na mídia social, são motores importantes das dinâmicas da propagação em rede, são o combustível para atrair a atenção das pessoas. Davenport descreve no seu livro "Economia da Atenção" o papel das celebridades como ferramentas de influência no consumo e comportamento das sociedades.

Seja também uma celebridade da Internet - Imprima e seja Susan Boyle!

Influência e Poder
Fiz algumas pesquisas na Net sobre os conceitos: A influência vem da avaliação social do público em relação a uma pessoa, um grupo de pessoas ou uma organização. O poder está no uso da força, na imposição à revelia de tudo e de todos, já a influência é exercida pela afinidade de perspectivas, pelo respeito e pelo merecimento. O poder é a habilidade de impor a sua vontade sobre os outros, mesmo se estes resistirem de alguma maneira. A influencia não, essa surge como um instrumento de convencimento e aceitação (o contrário de impor a sua vontade).

Ou seja: com o crescimento do processo de colaboração e produção de informação pelas próprias pessoas (desintermediação dos meios), exercer poder poderá ficar cada vez mais limitado.

Para pensar: Na era das redes sociais digitais, não estamos num processo de substituir o poder financeiro pelo poder da influência? Não será esse um ativo cada vez mais importante?

Seja relevante, seja influente, seja SOCIAL!
Se influenciar outras pessoas pode se tornar o "novo poder", então preciso me tornar famoso como a Susan Boyle? Bem, acho que não é o caso de sair por ai querendo conquistar fama. O famoso muitos podem reconhecer, mas isso não garante influência e esse exercício de maneira sustentável (a longo prazo).

Importante considerar que uma pessoa pode ser influente em algumas dimensões, não em todas! Fora dela, sua influência é nula. E como em planejamento de marketing, é preciso pensar em foco, público alvo e segmentação. Não quero agora descrever um "guia de como ser influente", mas apenas refletir sobre essa questão, que realmente passa a ser muito relevante para o marketing e os negócios.

Agora, com força da Mídia Social, acredito que as habilidades com pessoas vai continuar sendo ainda mais importante. Mas como influenciar pessoas através dos meios digitais? Não seria o caso de adaptar e aplicar os conceitos de Dale Carnegie para os ambientes em redes? Como seria essa releitura de "Como fazer amigos e influenciar as pessoas"?

Não é esse o papel do marketing: Fazer amigos e influenciar as pessoas!

P.S. Passei a "tuitar" o que me faz refletir e ao "blogar" apresento as tags que usei nos posts. Essa é uma forma de rastrear o caminho da reflexão, compartilhamento disso em grupo, até virar um post no blog. Nesse post aqui usei a tag #gm1, veja isso no Twitter.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Opinião Pública 2.0 - A desintermediação dos meios de comunicação

Estou trazendo um resumo de fatos e notícias relevantes que demonstram como o tema MÍDIAS SOCIAIS está ganhando muito importancia como ferramenta de marketing.

O mais importante é entender que existe um movimento rápido de crescimento da desintermediação dos meios de comunicação. E isso quer dizer que as pessoas estão ganhando a cena que antes era apenas dos veículos de comunicação.

As pessoas estão consumindo notícia e conteúdos produzido diretamente por outras pessoas. As marcas vão precisar aprender a criar sua propria audiência através de ambientes interativos em rede se quizerem ganhar espaço e atenção dessa legião de consumidores conectados (São mais de 60 milhões no Brasil).

Se você quer aprender mais sobre esse novo cenário, venha fazer o CURSO DE MARKETING DIGITAL que criei especialmente para tratar dessas questões mais atuais do Marketing Digital. Confira o site do curso: www.cursodemarketingdigital.com.br

Veja as notícias abaixo:

De olho em internautas, políticos brasileiros aderem ao Twitter
O Twitter começa a conquistar adeptos entre os políticos brasileiros. Um exemplo disso é José Serra, que decidiu inaugurar sua própria página esta semana. Serra adotou um tom mais pessoal na sua página. Assim, é possível saber, por exemplo, o que o tucano fazia na madrugada da última quarta (20). Confira o Twitter dele: http://twitter.com/joseserra_

Redes sociais no New York Times
A preocupação com as redes sociais atingiu o New York Times, que apontou a sua primeira editora de mídia social, Jennifer Preston, que ficará responsável por trabalhar com editores, repórteres e blogueiros para utilizar as ferramentas de redes sociais para encontrar fontes, tendências e notícias.

Governo deve criar blog do Planalto
O governo Lula deve criar um blog na internet para estabelecer um contato maior com a população, informou o ministro da Secretaria de Imprensa da Presidência da República, Franklin Martins. O blog terá o mesmo formato dos mantidos atualmente pelos governos dos Estados Unidos e da Inglaterra.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Blog de aluguel, mas quanto custa Cris?

Esse é um post que nasceu a partir da reflexão sobre monetização da reputação e avaliação de ROI em campanha de mídia social.

A campanha de mídia social da Nissan para o lançamento de um de seus produtos está utilizando um blog que vai contar a experiência de um blogueiro em utilizar o carro.

Sem dúvida, uma boa sacada, pois o blogueiro Cristiano Dias vai utilizar o automóvel no momento em que ele muda com a família do Rio de Janeiro para São Paulo e se adapta ao ritmo da cidade.

Mas como é isso de campanha de mídia social? Qual a relevância disso e o resultado? Ao perceber o lançamento da campanha através do @interney (Edney – diretor da empresa responsável pela campanha) e depois ver o tweet do próprio blogueiro, é fácil perceber um pouco mais sobre uma campanha de mídia social.

Primeiramente, acredito que o valor da ação está na legitimidade de colocar o produto a prova em uso real. Outro fato é o canal aberto para outros clientes ou pessoas interessadas no produto poderem falar abertamente sobre vantagens e desvantagens, satisfação ou desejo (um ótimo ambiente de pesquisa também).

Como isso vai evoluir, só o tempo vai dizer. Mas ao analisar os primeiros resultados da ação, é impressionante a capacidade do fato (a campanha de mídia social) gerar repercussão muito rápido. E porque isso?

Como analisei num post anterior (o valor de uma tuitada) a capacidade de algumas pessoas em proliferar mensagens através das redes será cada vez mais importante para as marcas.

Me parece que as pessoas inicialmente estão mais interessadas na curiosidade de ver um blogueiro que elas conhecem ou já ouviram falar, em participar desse reality show. E isso é maior do que o interesse pelo produto ou a marca em si. E digo isso baseado numa comparação matemática: a métrica de retuits gerados pelo @interney (apenas 7 indicações) e @crisdias (22 retweets).

No Tweet de @interney ele fala da campanha e do produto. No do @crisdias ele é sagaz e ressuscita a polêmica de blogueiro ser pago para falar de um produto. (E o @interney tem 3 vezes mais seguidores que o @crisdias). Mas em menos de 4 horas após escrever no Twitter, @criasdias conseguiu gerar mais de 1.400 visitas ao blog do produto.

Qual o valor disso levando em consideração o modelo de click-through em mídia online (banners)? Faço uma estimativa de R$ 14 mil reais em mídia, simplesmente por fazer um depoimento. (entenda mais sobre essa estimativa)

Ao analisar a média do @crisdias no Twitter, cheguei a um volume médio de 200 a 300 clicks no seus tweets. Ou seja, se ele escrever sobre a experiência com o carro de 20 a 30 tweets no mês isso pode representar R$ 80 mil reais em mídia (entenda essa conta). Ou seja, R$ 100 mil reais de ROI no primeiro mês do projeto.

Isso é mídia social: usar as pessoas como o veículo de propagação. E a propaganda vai continuar comprando ou alugando a credibilidade das pessoas, como já vem fazendo desde que propaganda é propaganda. A diferença está em como fazer isso no modelo em rede.

Mas diz ai Cris, quanto custa o aluguel?

P.S. acompanhe o que a tuitosfera está falando sobre isso

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Esquizofrenia do Twitter - A loucura de conversar com a multidão

Desde que criei minha conta pessoal no Twitter, fiz algumas experiências. Já falei sobre a o valor do twitter de um ponto de vista bem pragmático, levando em consideração a taxa de clique.

Bom, agora vou falar sobre a experiência de tentar seguir várias pessoas. A filosofia que criei até então foi seguir pessoas que são do Espírito Santo (Tuitosfera Capixaba). Quem é do ES e me adiciona, eu estou seguindo!

Confesso que é uma atividade bem difícil, pois:
  • muita gente escreve coisas que são muito pessoais (e eu não as conheço!),
  • outras exageram no numero de posts,
  • algumas pessoas preferem indicar notícias! (eu não quero o Twiiter para notícias)
  • ainda tem os “bom dia!” “fui!!!” e coisas sem noção!

Mas em meio a tanta confusão, aprendi a criar novos relacionamentos e contatos com pessoas que não conhecia, e isso é interessante. Algumas oportunidades me mostraram um uso efetivo do Twitter no dia-a-dia.

Transito em Vitória: fiquei preso num engarrafamento louco! Usei o celular para acessar o Twitter e encontrei o relato da @geek_girl e @rinapri falando que um carro pegou fogo na 3ª. ponte. Passei uns 20 minutos trocando informações sobre o acontecimento, outras pessoas também começaram a relatar o fato.

Passeio em Domingos Martins: fui a Campinho no final de semana e via Twitter consegui algumas informações úteis sobre o tempo e temperatura do local. Ainda ganhei o convite do @gustavorobertux para nos receber na cidade, uma grande cordialidade!

Contatos profissionais: uma boa ferramenta para buscar contatos e buscar profissionais. Estou usando muito para esse fim. Também é muito bom para avaliar como as pessoas usam o seu tempo, princiapalmente a sua equipe! :)

A experiência até então está sendo rica para entender essa dinâmica do Twitter. Mas acredito que comunicação N p/ N (muitos para muitos) não funciona quando você tem muitos seguidores (ainda mais se forem todos postar / escrever). Isso é pura esquizofrenia!

Até então, acredito que o modelo do Twitter seja muito bom para a comunicação 1 p/ N (uma pessoa fala para muitas!) e explorando o caráter viral (proliferação em rede).

Para o modelo de conversação aberta (N p/ N - falo com todos e ouço todos) acho que é possível construir com audiências menores ou com volume menor de posts. Não dá para acreditar que você vai conseguir conversação com uma multidão! Isso me lembra a idéia de manter uma lista de discussão por e-mail com muitas pessoas ou muitas mensagens trocadas: você acaba vivendo em função da leitura e respostas das mensagens!

Vou continuar exercitando o N/N, trabalhar esse novo paradigma e deixar a esquizofrenia do Twitter me levar...

...mas fica a pergunta: Você de fato conversa ou fica gritando no Twitter?

terça-feira, 5 de maio de 2009

Open Innovation é a estratégia para sobrevivência e crescimento

Assisti neste final de semana na National Geographic Channel um documentário sobre O Homem de Neandertal e como aconteceu sua extinção.

Isso me fez pensar bastante a respeito da necessidade de criar uma cultura de novos conhecimentos através de uma arquitetura aberta, colocando a organização interagindo com o mercado em busca de inovações.

O documentário apresentou o momento em que o O Homem de Neandertal encara um novo competidor, o Homo sapiens, que se mostrou mais adaptado para a caça e combate, pois desenvolveu a cultura de compartilhar conhecimentos e interagir com outros grupos de sua espécie.

O Homem de Neandertal durante mais de 200 mil anos pouco evoluiu suas habilidades em criar armas, utensílios domésticos e estratégias de caça. Viviam em grupos isolados e não faziam contato com outros grupos. Isso também enfraqueceu sua genética.

A partir do momento que encontrou uma espécie mais evoluída, o Homem de Neandertal foi obrigado a buscar áreas mais remotas, deixando suas áreas com mais recursos (água, caça e melhor clima) para o Homo sapiens.

Moral da história: é preciso criar formas de interagir com o mercado, e desenvolver novos conhecimentos e habilidades a partir de interações sociais com outros grupos. Isso me lembrar o conceito do Open Innovation.

Aqui no Grupo e-brand, acredito que estamos nesse caminho, pois temos iniciativas de promover eventos, criar cursos, participar ativamente de entidades nas áreas de marketing, tecnologia e propaganda, e promover ambientes online de interação. Provocando sempre oportunidades de novos experiências e aprendizado.

Mas é preciso continuar fazendo mais e melhor!!!