terça-feira, 29 de junho de 2010

Os líderes das Organizações nas Redes Sociais


Muito podemos argumentar sobre o poder da cultura de rede dentro das organizações, e como é determinante a presença da alta gestão nesse desenvolvimento.

A presença do Abílio Diniz no Twitter para esclarecer o posicionamento da organização em relação a crise de imagem do Supermercados Extra com a publicação de um anúncio errado pelo Jornal Folha de SP, já é um forte argumento nesse sentido.

Por mais que a empresa (o supermercado) tenha publicado no seu Twitter um esclarecimento sobre o fato, a figura de credibilidade e liderança do Abílio Diniz gerou uma onda de repercussão positiva que ajuda a minimizar a crise (exemplos: o que o Marcelo Tas e IDG Now publicaram logo após tweet do Diniz)

São nos momentos de crise que os líderes das organizações e as pessoas mais influentes junto a opinião público podem interceder positivamente e atuar como interlocutores.

E ai fica uma boa reflexão: basta ter perfis corporativos nas redes para gerenciar crises de imagem? Não é mais legítimo aproximar as pessoas da organização e suas lideranças c/ a opinião pública através das redes sociais?

E os líderes de sua organização, estão presentes e disponíveis a exercer esse papel?

P.S. será que em breve vamos assistir via Twitter negociações de crises diplomáticas entre as grandes nações? Veja o retweet do Presidente Obama sobre as boas vindas da Casa Branca à Presidencia da Russia no Twitter.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Quem financia a construção do seu capital social?

Após ler o post do Observatório da Imprensa, "Jornalistas vivem situação esquizofrênica na transição para a era digital", fiquei pensando sobre como estão emergindo pessoas que estão se transformando em fontes de informação, o que antes era um privilégio da imprensa.

Destaco 2 pontos desse post:
1 - "a essência do jornalismo pode ser praticada fora da industria da comunicação, graças à Web."
2 - "os jornalistas devem se preocupar é com o seu próprio modelo de negócio"

Sem dúvida, algumas pessoas e empresas fora da área de comunicação estão virando fontes de informação, alguns até mesmo c/ muita qualidade. Mas quem banca essa estrutura? Observo pessoas que usam muito tempo e esforço, inclusive horas pagas pela empresa onde trabalham para exercer essa atividade de produzir e/ou apenas repassar informação, enquanto na verdade deixam de exercer suas atividades profissionais.

E tudo isso começa em nome de capital social, pois essa é a principal moeda da rede. Mas capital social para quem? Para o indivíduo? Mas quem paga o capital financeiro que sustenta a construção desse capital social? Esse é o ponto crítico que não é sustentável.

O post do Observatório sugere que está na hora dos jornalistas buscarem o seu próprio modelo de negócio, ou seja, não depender do modelo de negócio das empresas ondem trabalham. Fica a pergunta a ser respondida: o jornalismo será uma atividade cada vez mais autônoma?

Outra vertente relacionada a esse esforço individual de buscar informação, produzir e distribuir através das redes sociais está a visão do aprendizado contínuo e colaborativo em rede. Sobre essa perspectiva, leia o artigo do Augusto Franco sobre Auto-didatismo e Aprendizagem Livre . Acredito que o conhecimento estará mesmo relacionada a atividade constante de usar as redes sociais para buscar conhecimento, compartilhar, distribuir, colaborar... ou seja, construir capital social.

Mas minha reflexão parte da visão empresarial que tem como base os princípios do resultado financeiro, busca por eficiência, o lucro!

As organizações precisam se adequar a essa situação, refletindo como permitir que seus colaboradores possam investir parte do seu tempo para construir capital social e que isso possa estar alinhado aos interesses da organização, tanto do ponto de vista de reputação, presença mercadológica, quanto capacidade de aprender e adquirir conhecimento aplicados ao seu negócio.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Mudança é o ponto chave de nossa estratégia

Estamos aqui na e-brand no processo de revisão de nosso PE - Planejamento Estratégico. A proposta de trabalhar com o conceito de Planejamento Estratégico começou em 2002, e desde então foi algo muito importante para direcionar o negócio.

Apesar de usar o final de ano para iniciar esse processo, pensar o PE para nós se tornou um processo contínuo, e estamos sempre pensando estrategicamente nossa situação de mercado em conversar internas sobre mercado, projetos, clientes, concorrência, rentabilidade e futuro.

O momento formal do PE acaba sendo uma revisão geral de todas as conversas e pensamentos gerados durante o ano. Acredito que é um exercício fundamental para preservar o negócio a longo prazo!

Mas algo diferente começa a surgir em nosso cenário de futuro. Estamos entendendo que importantes mudanças estão acontecendo rapidamente, e que a capacidade de mudar e adaptar será cada vez mais importante para os players do mercado de comunicação e marketing.

Elegemos 5 dimensões que vãoi exigir mudanças importantes daqui em diante:

· Consumidor: é o elo inicial da nossa cadeia. As tecnologias da informação estão moldando novas posturas e dando mais poder aos consumidores.

· Marketing e Comunicação: se o consumidor muda, pensar e fazer marketing também muda. E novamente a tecnologia está como um fator influenciador dessa mudança.

· Conhecimento: o novo será cada vez mais importante, e o processo de inovação dependente de novos conhecimentos. Mas essa instrução diferenciada não está na academia, nos livros ou em cursos. O conhecimento será construído em rede e de forma dinâmica.

· Valores e Atitudes: a velocidade da mudança exige responsabilidade e senso de direção. Acreditar nos seus valores e externá-los através de suas atitudes será a forma de não se perder diante do caos.

· Modelo de Negócio: sobreviver e evoluir no mercado vai depender da capacidade de adaptação, e isso vai afetar o que você faz e como você faz.

Estamos entendendo que mudança é o ponto chave de nossa estratégia para os próximos anos. Isso será muito importante para manter o nosso grupo crescendo orientado em nossa estratégia de diferenciação e liderança de mercado.

Em breve, trago mais um pouco sobre a reflexão sobre o processo de preparação para aprender a mudar com agilidade!

P.S. participe respondendo a nossa pesquisa do #PE2010-2015


sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Cultura Digital é também papel das agências

Depois de rechaçar a campanha tradicional cheia de "sacadinhas" da sua agência tradicional, o cliente entende que aquilo ali é justamente TUDO AQUILO QUE ELE NÃO QUER para a campanha.

Então, ele vem com uma idéia audaciosa e coloca no papel um plano para criar um modelo de interatividade integrando todas as mídias, e utilizando a Internet como ferramenta central de sua campanha.

Surge a idéia de criar uma REDE SOCIAL, usar as fotos de quem está na rede para fazer os comerciais de TV, impresso e Mídia Externa. E ainda, criar brindes personalizados e usar o banco de dados para prospecção e comunicação direta.

Foi assim que nasceu a campanha EU VOU do Processo Seletivo da Univix. Isso me fez refletir sobre o valor para o cliente de ter uma agência de Internet que já atende o cliente a mais de 5 anos com dezenas de projetos arrojados e muita inovação.

Qual foi o fator mais importante para gerar a oportunidade de criar uma campanha como essa? A atuação da agência tradicional do cliente? A idéia audaciosa do cliente? Acredito que o que fez a diferença foi o nível de cultura digital e de inovação do cliente.

Quando o cliente aposta todas as suas fichas numa campanha como essa, ele precisa estar muito seguro sobre o que está fazendo, precisa saber onde está pisando, e principalmente, precisa de capacidade estratégica e operacional para viabilizar sua audácia.

Acredito que no caso da Univix, essa campanha foi possível porque o cliente está contaminado pela cultura de inovação e cultura de rede. E a agência de Internet teve papel muito importante nessa construção. Foi o histórico de projetos de Internet, centenas de reuniões, conversas e troca de informações que sedimentaram o entendimento sobre a dinâmica da rede e como é possível apostar suas fichas na Web.

Num momento de grandes transformações nas mídias e na forma de fazer propaganda, ajudar a criar Cultura Digital será cada vez mais uma importante atuação para as agências... para aquelas agências que vão fazer diferença na estratégia do cliente.

Leia também: O Valor da Cultura Digital nas Organizações

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Capital Social: Energizando e gerando conversas

Tive hj duas experiências que reforçam em mim a convicção da importância do encontro presencial como ferramenta de construção de capital social.

O que as duas experiências tem em comum é que foram eventos com poucas pessoas, e a motivação era conversar livremente, ou seja, estabelecer conexões e produzir capital social.

A energia de um Sonho
O primeiro encontro foi um almoço a convite de Walter Cavalcante, presidente do Grupo Sá Cavalcante. Formamos um pequeno grupo de empresários e políticos para uma conversa muito interessante com o Fundador do CDI - Comitê para Democratização da Informática, Rodrigo Baggio. Ele veio ao Espírito Santo para o lançamento de mais um núcleo do CDI (matéria no Gazeta Online) que está sendo patrocinado pelo Grupo Sá Cavalcante. O novo núcleo vai funcionar no Shopping Praia da Costa.

Rodrigo Baggio começou contando a estória de como surgiu seu sonho de criar o CDI e a necessidade de preencher sua vida com uma realização muito além do sucesso financeiro. Me impressionou bastante sua capacidade de comunicação, sua energia ao falar sobre o que faz, sua visão empreendedora e sua postura de líder. O modelo de gestão do CDI também me impressionou muito, pois é baseado em auto-gestão e eles já pensam em virtualização de boa parte das operações da entidade. As pessoas que estavam no encontro ficaram motivadas com o projeto e em aderir. Eu e meu sócio (Rafael Andaku) também saímos de lá motivados a contribuir com a entidade no Espírito Santo.

Querendo entender a nova realidade
Fui convidado pela Vivo para um encontro com Blogueiros para falar sobre o novo Iphone 3GS. (Bom, eu não sou blogueiro, então acho que fui chamado pelo trabalho da e-brand no mercado, ou minha participação no BlogCampes! Depois descobri q foi indicação da Diana) Uma turma bacana compareceu lá @dianapadua @cut_club Galera da @imasters @danimart @omelhordomkt @m_Eduardo . Não fiquei muito tempo, minha motivação maior foi entender a motivação da Vivo com esse tipo de ação.

Enquanto a galera estava curtindo o novo Iphone 3GS, tive uma conversa bacana com o Gerente Regional da empresa no ES junto com o Tiago Baeta. Falamos sobre a motivação da empresa com essa reunião e ficou clara a preocupação da Vivo em buscar caminhos para se aproximar dos públicos que estão conectados na Web. Conversamos também sobre o desafio de ultrapassar a rejeição das pessoas com a postura das operadoras de celular. Na conversa, entendi que eles (Vivo) querem mudar isso, pois o segundo o Presidente da Vivo diz que o foco da empresa deve estar voltado aproximação com os grupos que estão liderando a utilizando da rede.

As palavras do Gerente Regional da Vivo foram bem claras: "Se nós (Vivo) não nos inserirmos nesse novo universo da rede, em 5 anos estaremos fora do mercado!". Tá dado o recado!!!

Acho que a atitude da Vivo foi simpática, e quem foi parece que gostou do encontro.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Capital Social como foco dos projetos de Redes Sociais

Todo o esforço de utilizar as redes sociais em projetos de marketing e comunicação devem ser pautados pela construção de capital social. Essa convicção ficou ainda maior após a realização do 1o. workshop sobre Redes Sociais, onde o foco das discussões mostrou um horizonte muito além do uso de sites de relacionamentos e realização de ações de marketing na Internet.

Capital Social
Mas o que é capital social? As redes sociais são formadas pelos laços sociais formados por pessoas, e o capital social é a soma dos recursos formados a partir desses laços sociais. E o que são esses recursos? Tudo aquilo que as pessoas podem utilizar em benefício coletivo ou pessoal.

Coloque um grupo de pessoas para conversar, interagir, colaborar... ao fazer isso essas pessoas estão criando capital social: informações, conhecimento, reputação, conexões, looby, indicações, influencia... etc.

E porque a construção de capital social deve ser o foco dos projetos em Redes Sociais? Porque o elemento que dá sustentabilidade às relações sociais é a confiança. Os laços sociais sem confiança são fracos e estabelecem vínculos superficiais. Capital social é fundamentalmente confiança, e esse é um ativo que as instituições não conseguem construir utilizando apenas publicidade e propaganda.

RP é diferente de PP
O paradoxo é que a grande motivação para usar as redes sociais vem do desejo de atender necessidades de marketing = fazer branding, anunciar produtos, criar audiências, promover, vender! Nenhum problema quanto a isso, mas acredito que a motivação deveria partir das áreas de relacionamento institucional, e as motivações dessas áreas são: imagem institucional, canais de relacionamento, reputação, opinião pública.

O foco está nas relações públicas, no desenvolvimento de processos orientados ao relacionamento e pautados pela acessibilidade, disponibilidade e interesse genuíno por aproximação.

E a fronteira para o marketing é utilizar o capital social existente para então monetiza-lo! Pensando assim, mudamos muita coisa sobre as propostas existentes para uso das redes sociais. Mais do que criar projetos, é preciso criar uma cultura empresarial orientada as novas dinâmicas sociais que as redes digitais estão moldando.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

10 anos do Blogger - Desconferência no BlogCampES 2009

Participei da abertura do evento blogueiro do Espírito Santo, o BlogCampES (vou em breve escrever outro post sobre a experiência de participar e ajudar na organização do evento).

Fui o intermediador da Desconferência "10 anos de Blogger" que contou com a Presença do Henrique e da Carla.

Sugeri a galera no Twitter que participassem com definições sobre o que é blogar "Bloggar é..." (em homenagem ao Blogger - algumas pessoas não entenderam o g duplicado!)

E fiz um resumo do papo bem legal que rolou, seguindo o estilo "Bloggar é..." (ficou quase um poema! :)

Bloggar é...

Depois da desconferência, acho que bloggar é ter a chance de fazer parte da mericrocacia informal da Blogosfera!

Bloggar é poder falar escrevendo o que penso, talvez com o desejo que alguém possa ouvir lendo.

Bloggar é descobrir que vc tem amigos fiéis, as 6 pessoas que ficam lendo o seu blog!

Bloggar é correr o risco de criar um império formado por vários blogs!

Bloggar é tbm tuitar, flirckar, embedar, orkutar, facebookar... é evoluir de Blogueiro p/ Especialista em Social Media!

Bloggar é responder \o/ na platéia quando alguém pergunta "Quem ai tem um blog?"

E o que vai ser Bloggar aqui a 10 anos? Bloggar será sempre DESINTERMEDIAÇÃO.