Após ler o post do Observatório da Imprensa, "Jornalistas vivem situação esquizofrênica na transição para a era digital", fiquei pensando sobre como estão emergindo pessoas que estão se transformando em fontes de informação, o que antes era um privilégio da imprensa.
Destaco 2 pontos desse post:
1 - "a essência do jornalismo pode ser praticada fora da industria da comunicação, graças à Web."
2 - "os jornalistas devem se preocupar é com o seu próprio modelo de negócio"
Sem dúvida, algumas pessoas e empresas fora da área de comunicação estão virando fontes de informação, alguns até mesmo c/ muita qualidade. Mas quem banca essa estrutura? Observo pessoas que usam muito tempo e esforço, inclusive horas pagas pela empresa onde trabalham para exercer essa atividade de produzir e/ou apenas repassar informação, enquanto na verdade deixam de exercer suas atividades profissionais.
E tudo isso começa em nome de capital social, pois essa é a principal moeda da rede. Mas capital social para quem? Para o indivíduo? Mas quem paga o capital financeiro que sustenta a construção desse capital social? Esse é o ponto crítico que não é sustentável.
O post do Observatório sugere que está na hora dos jornalistas buscarem o seu próprio modelo de negócio, ou seja, não depender do modelo de negócio das empresas ondem trabalham. Fica a pergunta a ser respondida: o jornalismo será uma atividade cada vez mais autônoma?
Outra vertente relacionada a esse esforço individual de buscar informação, produzir e distribuir através das redes sociais está a visão do aprendizado contínuo e colaborativo em rede. Sobre essa perspectiva, leia o artigo do Augusto Franco sobre Auto-didatismo e Aprendizagem Livre . Acredito que o conhecimento estará mesmo relacionada a atividade constante de usar as redes sociais para buscar conhecimento, compartilhar, distribuir, colaborar... ou seja, construir capital social.
Mas minha reflexão parte da visão empresarial que tem como base os princípios do resultado financeiro, busca por eficiência, o lucro!
As organizações precisam se adequar a essa situação, refletindo como permitir que seus colaboradores possam investir parte do seu tempo para construir capital social e que isso possa estar alinhado aos interesses da organização, tanto do ponto de vista de reputação, presença mercadológica, quanto capacidade de aprender e adquirir conhecimento aplicados ao seu negócio.
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